No mês de outubro, o grupo de leitura do Duende Leitor leu Frankenstein de Mary Shelley
O grupo de leitura do Duende Leitor, “Uma mulher por mês” continua aberto para participação, a qualquer tempo durante o ano de 2020. Entre em contato conosco por duendeleitor@gmail.com ou através do direct no Instagram, e enviaremos o link do grupo no Whatsapp.
Mary Shelley
Nascida em 30 de agosto de 1797 em Londres, Mary Wollstonecraft Godwin, filha da autora feminista Mary Wollstonecraft, que morreu no parto, e do pensador radical William Godwin. Mary cresceu em um ambiente de ideias avant garde, e andou em um círculo intelectual desde cedo. Foi aí que conheceu seu futuro marido, o poeta Percy Bysshe Shelley. Ele também ajudou a editar o manuscrito de Frankenstein, escrito durante um desafio de Lord Byron, para a criação de uma história de terror.
Mary Shelley
A primeira edição não veio com o nome da autora mas, apesar de sucessivas tragédias, como a morte prematura de quase todos os seus filhos e de seu marido, continuou a escrever suas obras, além de reunir as poesias de seu marido em coletâneas póstumas. Mary Shelley morreu em Londres, em 1851.
Frankeinstein
Victor Frankenstein, um jovem cientista, determinado a criar a vida a partir de outros materiais e, quem sabe, reanimar os mortos, acaba criando um ser monstruoso. Para seu espanto, a fagulha de vida funciona, mas a visão horrenda acaba aterrorizando o cientista, que abandona sua criação.Totalmente sem rumo, o monstro tenta descobrir como se encaixar em uma sociedade que o repele. Publicado em 1818.
Temas
A busca do conhecimento é a força por trás do enredo do romance. Tanto Victor Frankenstein quanto o monstro são criaturas curiosas e com sede de saber. O que eles fazem com o conhecimento adquirido é a questão, pois também pode se mostrar perigoso. Em oposição ao conhecimento estão os segredos, e as consequências de ocultar informações. Outro tema do livro é a exaltação à natureza e à simplicidade, um contraste com a artificialidade do monstro. Outros temas abordados no livro são, família, ambição, alienação.O livro também faz referência a diversas outras obras como Paraíso Perdido e Os sofrimentos do jovem Werther.
Referências
Frankenstein – Mary Shelley (Edição comentada) – Editora Zahar
No mês de setembro, o grupo de leitura do Duende Leitor leu O Assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie.
O grupo de leitura do Duende Leitor, “Uma mulher por mês” continua aberto para participação, a qualquer tempo durante o ano de 2020. Entre em contato conosco por duendeleitor@gmail.com ou através do direct no Instagram, e enviaremos o link do grupo no Whatsapp.
Nascida Agatha Mary Clarissa Miller nasceu em 15 de setembro de 1890 em Torquay, na Inglaterral, filha de uma mãe inglesa e um pai americano. Educada em casa, Agatha foi uma criança criativa, e sempre escreveu desde jovem. Foi enfermeira voluntária durante a Primeira Guerra Mundial e foi ali que comecou seu interesse por venenos. Casou-se com seu primeiro marido, Archie Christie, em 1914. Aceitanto o desafio de sua irmã, escreveu O Misterioso Caso de Styles, que só foi publicado em 1920. Este romance de estréia também apresenta Hercule Poirot, que ao lado de Sherlock Holmes é o detetive mais famoso da literatura policial. Em dezembro de 1926, Agatha desaparece por quinze dias, mobilizando uma enorme busca pela autora, que foi encontrada sem memória em um hotel em Harrogate. Agatha nunca falou sobre sue desaparecimento, porém especula-se que a perda de memória temporária se deu ao choque de ter descoberto a traição do marido. Este desaparecimento quase custou a carreira da autora, pois muitas pessoas acharam a busca absurda, a polícia deixou outros desaparecidos de lado procurando a autora, em algo que poderia ser uma grande jogada de marketing.
Agatha Christie
Porém Agatha continuou a escrever, mesmo após a separação manteve o sobrenome do marido, pois já era seu nome de escritora. A partir de 1928 Agatha também escreveu romances com o pseudônimo Mary Westmacott. Em 1930 casou-se com o arqueólogo Max Mallowan, e costumava não apenas acompanhá-lo nas escavações, como tomar parte delas, fotografando e catalogando os achados.
Durante sua extensa carreira, Agatha escreveu mais de 80 livros, contos, peças de teatro (A Ratoeira, sua peça mais famosa, está em cartaz há mais de 60 anos). Faleceu em 1976, escrevendo até o final de sua vida. Seu legado continua vivo até hoje, com diversas adaptações para o cinema e TV.
O Assassinato de Roger Ackroyd
Poirot se aposenta e vai cultivar abobrinhas em uma cidadezinha tranquila do interior. Sim, quem imaginava o grande detetive com uma vida tão prosaica? Mas quando um assassinato acontece, será que o detetive vai conseguir continuar afastado das investigações?
Publicado em 1926, foi o sexto livro da Agatha e o terceiro a ser estrelado por Hercule Poirot. Foi o primeiro grande bestseller da Agatha, e mudou a carreira dela. O caso é narrado por um médico vizinho de Poirot, fazendo o papel de Hastings, já que o fiel amigo do detetive casou e estava morando na Argentina. É um dos livros com final mais inusitado entre as obras da Agatha.
💬 O livro foi base para uma das primeiras adaptações teatrais dos livros da Agatha, a peça “Alibi” e mais tarde foi levada ao cinema. Foi essa adaptação que inspirou a autora a escrever sua primeira peça “Café Preto”. 💬 A adaptação mais conhecida é de 2000, na série Poirot, interpretado pelo maravilhoso David Suchet.
Hoje é o aniversário de Agatha Christie, uma das autoras mais famosas do mundo. Praticamente todo leitor já ouviu falar de seus livros, mas na hora de escolher um entre os mais de 80 títulos da autora sempre vem a pergunta: por onde começar a ler Agatha Christie?
Bom, nós do Duende Leitor compilamos uma lista baseada nas nossas leituras e preferências entre os livros da Rainha do Crime. Todos são excelentes livros e de fácil acesso, tanto em bibliotecas como em sebos ou livrarias. Agora é só escolher um e começar a leitura. 🙂
Cartas na mesa
“Cards on the table”, episódio da série Poirot com David Suchet (2005)
Poirot reencontra ao acaso um velho amigo, que o convida para jantar em sua casa, a fim de mostrar os raros itens que coleciona – que vão além de obras de arte. Mr. Shaitana se gaba ao detetive de colecionar assassinos. No jantar, quatro detetives e quatro suspeitos são convidados. Não é de se espantar que Shaitana apareça morto no final da noite.
Este é um caso raríssimo de um crossover entre quatro detetives da Agatha: o detetive particular Hercule Poirot, a escritora de romances policiais Ariadne Oliver, o Superintendente Battle e o Coronel Race.
O assassinato de Roger Ackroyd
The Murder of Roger Ackroyd, na série Poirot, com David Suchet (2000)
Uma série de mortes são o centro da fofoca de uma pequena vila. Quando seu grande benfeitor é encontrado morto, e um chantagista está à solta, só resta Hercule Poirot para solucionar o caso. Coincidentemente o detetive morava há um ano na vila, tendo se aposentado da vida de detetive. Mas como ele pode negar um pedido para encontrar a verdade, e toda a verdade?
O primeiro grande bestseller da Agatha, e o terceiro livro a estrelar Poirot.
Convite para um homicídio
A Murder is Announced, na série Marple, com Geraldine McEwan (2005)
Um curioso anúncio chama atenção de um vilarejo: todos são convidados a presenciar um homicídio. É claro que toda a vizinhança comparece à casa, curiosos e também acreditando ser apenas um jogo de detetive. Ninguém esperava que um assassinato acontecesse de verdade. Felizmente a polícia pode contar com a ajuda da simpática Jane Marple, uma senhorinha que gosta de tricô e de solucionar crimes, baseando-se em seu enorme conhecimento do ser humano.
E não sobrou nenhum
And Then There Were None, minissérie (2015)
Dez pessoas estranhas são convidados a passar um fim de semana em uma ilha. Quando o dono da casa não aparece, todos percebem que não fazem ideia de quem os convidou. Os dez terão de passar o final de semana com estranhos em uma ilha completamente isolada. Isso não seria tão ruim, até que uma gravação anuncia o crime de cada um durante o jantar… e um deles morre na hora. Um a um, todos os convidados serão caçados por um misterioso vingador invisível.
Um dos maiores sucessos da Agatha, excelente thriller “locked room” que você não vai conseguir largar até chegar ao final. É um clássico da cultura pop com diversas homenagens e adaptações. Este livro foi transformado em peça com um final alternativo.
M ou N?
David Walliams e Jessica Raine no episódio “N or M?” da série Partners in Crime (2015)
Tommy e Tuppence estão chateados de não poderem servir o país durante a Segunda Guerra Mundial. O casal de detetives vive uma vida confortável, porém sem os perigos que enfrentaram durante a juventude. Até que o serviço secreto entra em contato com Tommy, para encontrar uma dupla de espiões nazistas entre os hóspedes de uma pensão isolada. Mas é claro que Tuppence não deixaria de chegar lá primeiro. A pista deixada por um agente na hora da morte é: “M ou N. Sans Souci”. Sans Souci é a pensão… e M e N um casal de assassinos. Como o caso exige rapidez e discrição, Tommy e Tuppence são perfeitos para voltar à ativa e descobrir a conspiração.
Este é o terceiro livro protagonizado por Tommy e Tuppence Beresford, o casal de detetives (e, eventualmente, da Inteligência britânica). Não é necessário ter lido as aventuras anteriores para entender este livro, mas a série toda é ótima.
Morte no Nilo
Death on the Nile, com Peter Ustinov (1978)
Linnet Ridgeway é uma herdeira rica e bonita, que acaba de roubar o noivo de sua melhor amiga. Durante sua viagem de lua de mel em um cruzeiro de luxo pelo Nilo, o casal é confrontado por vários interessados em sua fortuna. Não é de se espantar que Linnet apareça morta com um tiro na cabeça e que casa passageiro seja suspeito. Mas Hercule Poirot (contrariando todo o seu horror de navio e clima quente) está presente na mesma viagem, juntamente com seu velho amigo Coronel Race. É claro que ele não deixaria de investigar mais este mistério…
Uma obra muito adaptada, que vai ganhar mais um filme em breve.
O Misterioso Caso de Styles
The Mysterious Affair at Styles na série Poirot, com David Suchet (1990)
O Capitão Arthur Hastings é convidado por seu amigo John Cavendish a passar uma temporada na enorme casa de campo Styles. A tensão é visível, pois a propriedade está nas mãos de Mrs. Emily Inglethorp, madrasta dos Cavendish e casada novamente com um homem mais jovem de passado nebuloso. Quando ela é encontrada trancada em seu quarto, à beira da morte, com o nome do marido nos lábios… morte natural ou envenenamento? No meio do caos familiar, Hastings sugere a ajuda de um velho amigo, Hercule Poirot, um refugiado belga e detetive particular. Com suas “célulazinhas cinzentas”, Poirot não deixa nenhum mistério sem solução.
O primeiro livro de Agatha, e a estréia de seu detetive mais famoso, Hercule Poitot. Um clássico.
Assassinato no Expresso Oriente
Murder on the Orient Express com Albert Finney (1974)
Hercule Poirot é colocado às pressas em um vagão lotado no luxuoso Expresso Oriente. Sua chegada súbita é vista com desconfiança pelos outros passageiros. Até que um deles aparece assassinado com doze facadas e um passado sombrio é revelado.
Recebeu diversas adaptações de sucesso na TV e no cinema. Mais um ótimo exemplo de locked room, recurso que a Agatha gostava de utilizar em seus mistérios mais grandiosos.
Noite sem fim
Endless Night, um episódio da série Marple, com Julia McKenzie. Marple não está presente no livro original.
Michael encontra a rica herdeira Ellie em um passeio no Campo do Cigano. Os dois se apaixonam, e decidem construir uma propriedade moderna naquele lugar. Mas o casal não dá ouvidos à maldição que ronda aquele local…
Para os amantes de thriller, este é um livro bem sombrio da Agatha. É um dos seus favoritos.
O Segredo de Chimneys
The Secret of Chimneys na série Marple, com Julia McKenzie. Mais um caso de um livro que não tem Marple, mas a série estranhamente decidiu adaptar. (essa é uma péssima adaptação, não tem nada a ver com o livro)
Intriga ronda a mansão Chimneys, com sua história e passagens secretas. Anthony Cade, em uma missão para o governo, acaba convidado para uma festa de políticos na mansão. O que ele não esperava era virar, involuntariamente, cúmplice de um crime.
Agatha adorava dramas de espionagem no início de sua carreira. Este é um de seus primeiros livros. E esta é a primeira aparição do Superintendente Battle. Este livro tem uma “sequência” que conta com alguns personagens deste livro, “O mistério dos sete relógios”, que é ótimo!
(Este livro também já foi publicado com o título “Paciente 67”)
O xerife Teddy Daniels é enviado à Shutter Island para investigar o desaparecimento de uma paciente do hopital psiquiátrico que funciona na ilha, juntamente com seu novo parceiro Chuck Aule. O Hospital Psiquiátrico Ashecliffe é reservado apenas para criminosos, e Rachel Solando é uma assassina que conseguiu fugir de um quarto trancado e fortemente vigiado, deixando pistas enigmáticas e uma indicação sobre um suposto 67º paciente. O que parece ser um enigma impossível à primeira vista, vai se revelando um caso suspeito de acobertamento de uma equipe não muito feliz em colaborar nas investigações. Rumores dizem que o hospital utiliza tratamentos psicológicos violentos, e até realiza experimento para desenvolvimento de armas a serem utilizadas na Guerra Fria. Com um furação se aproximando, Teddy e Chuck percebem que estão cada vez mais presos à ilha e sempre são impedidos de avançar toda vez que chegam perto da verdade. A atmosfera sufocante e intimidadora da ilha e de seus habitantes é um convite ao desenvolvimento do medo e da paranoia.
O livro ganhou adaptação para o cinema com direção de Martin Scorsese em 2010.
Mark Ruffalo como Chuck e Leonardo DiCaprio como Teddy em Shutter Island (2010)
Eu peguei este livro bem aleatoriamente, e nem conhecia o filme. Foi bom, pois eu não estava familiarizada com o GRANDE PLOT TWIST. Aliás, este livro é todo baseado em plot twist. Não dá para falar muito sem spoilers, então para que gosta de um thriller e coisas que questionam a realidade, recomendo!
Nhá Benta prevê a chegada de um desconhecido à Vila do Meia Ponte, que vai mudar a vida de todos. Mas ninguém presta muita atenção na escrava alforriada que vive nas ruas e é considerada louca por todos. Mas o tal estranho realmente chega, e vem com uma proposta tentadora para o Coronel, o chefe local. Areno Dubois, meio francês, meio brasileiro, propõe encontrar ouro na Serra dos Cristais, e pede o apoio do Coronel para conseguir a permissão para fazer isso – em troca de uma porcentagem nos lucros e também como uma forma de enriquecer a Vila. Com a concessão para explorar as terras e uma moderna máquina, ele parte com dois escravos, esperando que sua proposta de enriquecimento tenha animado alguns dos moradores da Vila arriscarem subir a Serra em busca do ouro com ele. Porém nenhuma ajuda veio daquele povoado. Desanimado com o trabalho árduo e sem nenhum ouro à vista, ele quase desiste da empreitada, porém um grupo de rejeitados sociais da Vila (ex-escravos, órfãos, deficientes e bêbados) aparece prontos para trabalhar. Todos na Vila do Meia Ponte acham muita graça no francês baixinho e seus ajudantes, e duvidam que algo funcione. Porém o ouro finalmente é encontrado: e com ele, o destino de todos é selado em sangue.
O novo conto do autor Túlio Augusto Lobo é uma reconstrução ficcional com elementos da realidade sobre o destino de uma vila mineradora do século XIX. Inspirado em um encontro com as ruínas da Vila do Arena próximas à cidade de Pirenópolis em Goiás, o autor, que também é historiador, utiliza elementos históricos e as evidências físicas da existência da vila para imaginar seu início, a fase próspera e sua queda. É uma história que mostra o surgimento de um empreendimento, suas consequências sociais, impactos na natureza e a ganância pelo ouro, que pode transformar as “pessoas de bem”.
Um conto extremamente divertido, com sua crítica social contundente e, não por acaso, muito atual. Recomendamos!
No mês de agosto, nosso grupo de leitura coletiva vai debater o livro Olhos d’água de Conceição Evaristo.
O grupo de leitura do Duende Leitor, “Uma mulher por mês” continua aberto para participação, a qualquer tempo durante o ano de 2020. Entre em contato conosco por duendeleitor@gmail.com ou através do direct no Instagram, e enviaremos o link do grupo no Whatsapp.
Conceição Evaristo
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1970, onde se formou em Letras pela UFRJ. Trabalhou como professora da rede pública na capital. Conceição Evaristo é mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiroe Doutora em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense. É participante ativa em movimentos de valorização da cultura negra no Brasil. Sua estréia literária foi em 1990, com a publicação em série de seus contos e poemas em Cadernos Negros. Seus textos são publicados na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Sua obra é versátil, com poesias, ensaios e ficções, e é objeto de estudos em universidades brasileiras e no mundo.
Conceição Evaristo
Em 2018, iniciou-se uma campanha através das redes sociais e meios acadêmicos em favor da escolha de Conceição Evaristo para ocupar a cadeira número sete na Academia Brasileira de Letras, porém perdeu a eleição para o cineasta Cacá Diegues. O conjunto de sua obra recebeu diversos prêmios e foi homenageada mais recentemente Livre! Festival Internacional de Literatura e Direitos Humanos e a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). A autora segue em sua luta pelo reconhecimento das mulheres negras como produtoras de conhecimento.
Olhos d’água
Publicado em 2014, Olhos D’água foi o livro finalista do Prêmio Jabuti na categoria “Contos e Crônicas”. O livro reúne 15 contos curtos, com personagens que lidam com vínculos familiares, dilemas sociais, sexuais e existenciais. A autora escreve, sem idealizações, sobre as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira. Utiliza-se de muitas referências às narrativas míticas africanas. Outro recurso de estilo da autora é a aglutinação de palavras para gerar nomes e a hifenização como um recurso poético e de aproximação ou oposição de ideias.
O Duende Leitor é um projeto criado pela Syl, mãe da Steh e da Moon. As três escrevem suas resenhas e impressões sobre livros. Como um projeto iniciado e não terminado, nem sempre todos os seus participantes continuarão ativos. É com um aperto enorme no coração que venho comunicar aos nossos seguidores que a nossa mãe, a Syl, faleceu na manhã do dia 25 de agosto. Ela estava internada há quase um mês, e tínhamos muita esperança na sua recuperação, mas infelizmente sofreu complicações. É um vazio enorme que nunca será preenchido na nossa vida. O Duende Leitor é um sonho dela, e nós duas, Steh e Moon, nos comprometemos a continuar. Ainda teremos uma última resenha dela até o final do mês, deste mês que é o seu aniversário no dia 31. Mãe, esperamos que você esteja em um lugar maravilhoso, com todas as pessoas que você ama e que também já passaram pela transição. Continue lendo bastante aí, que nós continuaremos lendo bastante aqui.
“Até mesmo a noite mais escura vai terminar e o sol vai nascer.”
Leitura de Agatha Christie organizada pela página oficial @officialagathachristie O tema do mês de agosto é “a Londres de Agatha Christie”. Escolhi Os primeiros casos de Poirot.
Os dezoito contos desta coletânea narram as primeiras aventuras do detetive belga antes da fama. Documentadas pelo seu fiel amigo Hastings, as histórias tem um pouco de tudo, roubo, sequestro, assassinato… desafios para as pequenas células cinzentas de Poirot.
É uma excelente coletânea. Destaque para O caso do baile da vitória, Os planos do submarino, O apartamento do terceiro andar e A casa de marimbondos.
Wasp’s Nest (1991) Com David Suchet como Poirot, Hugh Fraser como Hastings e Peter Capaldi como Claude Langton (sim, o Décimo Segundo Doutor)
💬 Publicado em 1974. Os contos foram escritos entre os anos 20 e 50, publicados em diversas revistas.
💬 Todos foram adaptados na série Poirot, nas primeiras temporadas.
Esta é a segunda aventura de Artemis Fowl, um garoto gênio do crime. Depois de conseguir roubar o ouro das fadas e usar da magia dessas criaturas para curar sua mãe, só resta uma coisa para Artemis: encontrar seu pai, que agora foi oficialmente dado como morto.
No reino das fadas, Holly, aparentemente conformada e obediente, é obrigada a executar trabalhos burocráticos como punição por ter permitido que Artemis roubasse uma parte do ouro das fadas. Seus caminhos de cruzarão novamente, e vão ter que aprender a deixar suas diferenças de lado e se unir em um objetivo comum.
A graphic novel baseada no livro de mesmo nome é bem adaptada e contou com o envolvimento do autor do livro no projeto. As muitas cenas de ação e o reino das fadas foram perfeitamente traduzidos para os quadrinhos, e um ótimo design para os personagens. Para fãs de Artemis Fowl, ou até se você nunca teve contato com os livros.
O Doutor viaja o universo dentro de sua nave disfarçada de cabine policial azul, aparecendo em vários pontos do tempo e do espaço e, principalmente, salvando o planeta Terra. Como um Senhor do Tempo, ele pode se regenerar quando morre, e muda de aparência e personalidade. Sempre está acompanhado por alguém, um humano ou alienígena.
O Doutor, sua companheira Romana II e K9, um cachorro robô, atendem um pedido de socorro do Professor Chronotis, outro Senhor do Tempo que vive na Universidade de Cambridge. O motivo do pedido foi o sumiço do Livro das Leis de Gallifrey que é a chave para Shada, um planeta prisão dos Senhores do Tempo. O livro foi levado por engano, e o antagonista da história Skagra vai tentar roubá-lo, para conquistar o universo.
Shada é baseado em um roteiro da série Doctor Who escrito por Douglas Adams, o autor de O guia do mochileiro das galáxias. Este episódio do 4º Doutor nunca foi transmitido, e apenas uma parte dele foi gravado em 1979, cenas que foram reaproveitadas depois no episódio especial de 25 anos da série. Mais tarde, ganhou uma versão em áudio com o 8º Doutor, depois transformada em animação e mais recentemente uma outra versão animada com o 4º Doutor e com as cenas originais, tentando reconstruir este episódio perdido.
Apesar de contar com muitos elementos da série, não é absolutamente necessário ter assistido Doctor Who para ler o livro. É uma história que agrada fãs de ficção científica. Porém, se você já leu outros livros do Douglas Adams, não espere encontrar o mesmo estilo de escrita aqui. Embora o roteiro seja de Douglas Adams, este foi transformado em livro por outro autor, Gareth Roberts. Nem sempre ele conseguiu traduzir a ironia de Adams na escrita. Ainda assim é uma ótima edição, uma pena que poucos livros da série foram trazidos para o Brasil.
Shada
Autor: Gareth Roberts, baseado no roteiro de Douglas Adams